fevereiro 25, 2009

Alemães legais e o padrão europeu de tv digital

Depois que a Björk nos ensinou como uma televisão do século passado funciona, agora a Scholz & Friends, agência de Berlim, revelou a idéia por trás da TV interativa:





Morte à televisão digital? OU Viva a televisão na Internet? OU Viva o padrão japonês? OU Pax?


xZX

fevereiro 18, 2009

I've Got This Epic Problem, This Epic Problem's Not A Problem For Me

Quando 2008 estava quase chegando ao fim, eu me dei conta de que logo estaríamos entrando no último ano da década e que a não ser pelo fato de o alternativo ter se deslocado do rock para o eletrônico e do eletrônico ter se trasformado em um novo rock mais do que em um novo eletrônico, ainda não havíamos abandonado completamente o início da década, nem aquele outro novo rock e nem, obviamente, aquele álbum de 2001. Tanto que oito anos depois estamos aqui esperando ansiosamente [eu pelo menos] pelo quarto disco do Strokes.





Foi a memória de Is This It como o talvez mais influente álbum feito nesse século até agora que me fez pensar em quais seriam os melhores discos da década, mesmo que 2k9 ainda nem tivesse começado. Mas só depois de dias imaginando essa lista é que me dei conta de que um dos melhores álbuns que já pude ouvir também foi lançado em 2001: enquanto o Strokes debutava com estilo, outra banda americana, o Fugazi, criava sua última obra de arte, The Argument.



Capa do The Argument, design de Jem Cohen, que também foi diretor de Instrument, um documentário/video-arte sobre o Fugazi

O Fugazi foi formado em 1987 por três veteranos da cena punk de Washington, D.C., o guitarrista e vocalista Ian Mackey (Teen Idles, Minor Threat, Embrace), o baterista Brendan Canty (One Last Wish, Rites Of Spring) e o baixista Joe Lally. Depois, o também guitarrista e vocalista Guy Piccioto, parceiro de longa data de Canty, se juntou ao grupo.

Ainda na década de 80, a banda lançou dois EPs, Fugazi (88) e Margin Walker (89), reunidos, em 1990, sob o título 13 Songs, uma das gravações mais viscerais do pós-hardcore. No mesmo ano saiu o primeiro álbum, Repeater, com uma sonoridade ainda parecida com a dos EPs.

Pelos próximos onze anos e cinco álbuns o Fugazi não repetiria mais fórmulas, dando um passo à frente em cada álbum, e é triste ver que muitas vezes ele acabaram sendo criticados por não soarem mais como em 13 Songs ou em Repeater.


Shut the Door, do álbum Repeater

Steady Diet of Nothing foi lançado em 1991 e In on the Kill Taker, em 1993. Mas foi em 1995 que a banda novamente atingiu um ápice, com Red Medicine, um álbum maníaco e violento cheio de composições brilhantes. E em 1998 saiu aquela que deveria ser a última gravação do Fugazi, batizada de End Hits.


Bed for the Scraping, do álbum Red Medicine

Entre janeiro e fevereiro de 2001, meses antes de declararem formalmente o hiato da banda, Mackey, Piccioto, Canty e Lally se juntaram a um segundo baterista, Jerry Busher, para gravar The Argument. Embora algumas características desse álbum já pudessem ser ouvidas no End Hits, nada preparou realmente para o que essas 11 faixas iriam ser: um sofisticado e bonito vislumbre dos caminhos que o rock poderia tomar nas mãos daquele fab four.


Life and Limb, do álbum The Argument

Embora a velocidade e os vocais gritados mais do que nunca dessem lugar à melodias e texturas, a pegada punk clássica do Fugazi pode ser ouvida em todas as músicas, mesmo em Argument, uma faixa lenta de clima tão incrivelmente bonito que chega a comover.



Todos os álbuns do Fugazi foram lançados pela Dischord, gravadora que pertence à Ian Mackey e que foi responsável por discos de algumas outras grandes bandas, como Nation of Ulysses, Medications e Black Eyes.


Oh, do álbum The Argument

É uma pena que The Argument seja apenas um clássico perdido dessa década. Não imagino que vá aparecer na quantidade de listas que merec
ia. Ou as pessoas ainda lembram de Fugazi?


fevereiro 17, 2009

#spectrial – Nevermind 50%
















photo by Rick


Então... não tem nenhuma grande novidade acerca do segundo dia de julgamento dos fundadores do Pirate Bay exceto, talvez, que METADE DAS ACUSAÇÕES FORAM RETIRADAS. Com não tem como provar que os arquivos .torrent realmente usam o thepiratebay.org, as acusações do tipo "auxiliar infrações contra leis de copyright" caíram. Para a alegria de todas as pessoas que agitam bandeiras de pirata do lado de fora do tribunal, sobraram apenas as acusações de que o site "ajuda a disponibilizar arquivos".

Peter Sunde (brokep), um dos fundadores do Pirate Bay, mandou um tweet de comemoração. Hoje ele passou a ter 1800 novos seguidores no twitter.

Enquanto isso, o Projeto Steal This Film (roube este filme, em português) lançou uma "edição tribunal" de seus documentários que faz a cobertura do Pirate Bay desde que seus servidores foram desligados em 2006. O julgamento está sendo filmado em Stockholm pela League of Noble Peers (em português seria Liga dos Nobres Iguais, com a diferença que o nome também faz alusão à redes peer-2-peer) e as cenas serão acrescentadas à edição final. Como a comunidade BitTorrent está apoiando a iniciativa, também é possível achar o filme com os trackers IsoHunt e Mininova. Faça o download aqui.

(via
TorrentFreak & twitter)

fevereiro 16, 2009

Lembram do Napster?














Perseguição contra piratas


Começou hoje na Suécia o processo contra os fundadores do auto-denominado maior BitTorrent tracker do mundo – o Pirate Bay, obviamente. Nenhuma novidade, dado que existe um histórico de perseguição ao site. Ele já ficou três dias fora do ar porque a polícia de Estocolmo desligou o servidor do site, sofreu e abriu vários processos, foi bloqueado pelos maiores fornecedores de acesso à Internet da Itália e é reverenciado como a instituição pró-pirataria mais visível do mundo.


















Foram tantos tormentos gerados (por conseqüência da prática óbvia, natural e disseminada de fazer downloads ilegais) que, em 2007, os piratas suecos consideraram duas soluções extremas. Primeiro, tentaram comprar uma plataforma marítima enferrujada que declarou independência em 1967. Quando isso não deu certo, cogitaram comprar uma ilha e declará-la independente para que pudessem atuar em sua própria jurisdição.

Como nada disso foi feito, seus administradores – Gottfrid Svartholm (anakata), Fredrik Neij (TiAMO) and Peter Sunde (brokep) – e o apoiador do site, Carl Lundstorm, agora estão sendo processados por "promover infrações contra leis de copyright realizadas por terceiros". No primeiro dia de tribunal, já se pode achar graça em alguns acontecimentos, mesmo sem recorrer à filosofia de rir para não chorar. Para começar, a chegada dos réus no ônibus S23K, que vai funcionar como um press-center dos acusados.










Olha quanto estilo. Me pergunto, para que processar pessoas tão espirituosas?


O processo é movido pelas empresas Warner Bros, MGM, EMI, Colombia Pictures, 20th Century Fox, Sony BMG e Universal, que, pelo menos com esta ação, insistem em viver no passado. Depois de lidas as acusações, um dos dois advogados de Lundstorm, especialista em copyright, afirmou que elas podem ter sido elaboradas incorretamente. O promotor então ficou falando durante o resto da manhã, tempo utilizado por um dos favoráveis aos piratas para acessar o thepiratebay.org de seu assento no tribunal. Depois da pausa para o almoço, o promotor, supostamente um especialista em crimes com computadores, não conseguiu fazer a sua apresentação em ppt funcionar e, lá pelas tantas, foi ordenado a continuar simplesmente com o uso de papel.

Também durante a tarde, Peter Sunde enviou uma mensagem que dizia "Como diabos eles esperavam isso seria algo diferente de um FAIL ÉPICO para os acusadores? Estamos ganhando de longe." Ele ainda diz que o promotor parece confundir megabits com megabytes. Ainda bem, pois, se perderem, não terão dinheiro para pagar a fiança de $143,500 e poderão ficar presos por até dois anos.

É esperado que o julgamento atraia ainda mais usuários para o site. Quando o Napster, precursor famoso dos programas de compartilhamento de arquivos – especialmente arquivos mp3 – foi processado, ganhou muita publicidade antes de fechar. E, mesmo tendo sido fechado por ordem judicial, ele abriu caminho para os programas descentralizados de compartilhamento p2p, que são muito mais difíceis de controlar.

Tags

Para divulgar e comentar informações sobre o processo, usuários do twitter estão usando as tags #spectrial, para falar do julgamento, e #S23K, para falar no ônibus pirata. Enquanto só há dois twitts que contém #S23K no texto, os microposts que tratam do caso no tribunal já ultrapassaram os 1500 visíveis na página de buscas do twitter, sendo que o último visível tem apenas 13 horas de existência.

Para aqueles que entendem sueco, o áudio ao vivo do tribunal pode ser ouvido aqui.

Torço para que toda essa história seja lembrada como mais uma ocasião em quase prenderam Captain Jack Sparrow.


PS copyright

















Buscando pelas tags de protesto, todos os usuários aparecem com imagens pretas


Usuários neozeolandeses do twitter, myspace e facebook estão colocando uma imagem preta no lugar das suas fotos de perfil para protestar contra uma nova lei de reforço anti-pirataria através da qual internautas acusados de infração de copyright podem ter sua internet cortada sem um julgamento. Usam as tags #blackout e #s92a, o número da lei, para se referir ao caso. A lei pode entrar em vigor no dia 28. Aqui está o site oficial do protesto.


(via NME, TorrentFreak, NME again e twitter)

Essa mesa está quente, essa não está em Touch Screen



Lembra aquele filme baseado em fatos reais com uma trilha sonora moderninha que contava a história de uns estudantes bonitos e super-dotados que ganhavam dinheiro aos montes contando cartas enquanto jogavam 21 em Las Vegas?

Agora você pode fazer o mesmo sendo só moderninho: uma app do iPhone conta as cartas para você.

fevereiro 01, 2009

FAG HAG?

A lilly allen deve estar de sacanage com esse disco novo.

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