março 31, 2009

BAD TIME FOR BED (TIME) STORIES ou vírus de computador e histórias para boi dormir


No meu tempo tudo era muito mais rootera

Tá rolando um papo de que um vírus de computador já infectou o mundo inteiro e vai ser ativado amanhã, no dia da mentira. O Conficker. Essa notícia perdida aqui diz que no site da Microsoft está escrito isso (preguiça eterna de ir lá checar só pra fazer uma piadinha no meio do horário de trabalho):

“Conficker é um vírus informático que pode infectar o computador e espalhar-se para outros computadores automaticamente através da rede, sem interacção humana”.

O, rlly?

Por mais que especialistas jurem que não é hoax, isso só serviu para lembrar do Badtimes.

Lembra?

É poesia, é literatura, é uma obra de arte hipermoderna insana.

É uma das melhores coisas que já li na vida.

If you receive an e-mail with a subject of Badtimes, delete it immediately WITHOUT READING IT. This is the most DANGEROUS e-mail virus ever.

It will rewrite your hard drive and scramble any disks that are even close to your computer. It will recalibrate your freezer's coolness setting so all your ice cream melts. It will demagnetize the strips on all your credit cards, screw up the tracking on your VCR, and use subspace field harmonics to render any CDs you try to play unreadable.

It will give your ex-boy/girlfriend/ex-husband/wife your new phone number. It will mix antifreeze into your fishtank. It will drink all your beer and leave its socks out on the coffee table when company comes over. It will put a kitten in the back pocket of your good suit and hide your car keys when you are late for work.

Badtimes will make you fall in love with a penguin. It will give you nightmares about circus midgets. It will pour sugar in your gas tank and shave off both your eyebrows while dating your current boy/girlfriend behind your back and billing the dinner and hotel room to your Visa card.

It moves your car randomly around parking lots so you can't find it. It will tease your dog. It will leave strange messages on your boss's voicemail in your voice. It is insidious and subtle. It is dangerous and terrifying to behold. It is also a rather interesting shade of mauve.

Badtimes will give you Dutch Elm disease. It will leave the toilet seat up. It will make a batch of methamphetamine in your bathtub and leave bacon cooking on the stove while it goes out to chase high school kids with your snowblower.

These are just a few of the signs. Be very, very afraid!

março 27, 2009

Baby, te amo D+++++


Bonito, né? Peguei essa imagem de
alta resolução no Last.fm, será que
vou ter que pagar 3 euros por ela?

Na nossa segunda e última
enquete Copacabana Beat bateu (hã? hã?) Copacabana Club por NOVE votos a DOIS. Uma diferença incrível, representativa da incrível audiência deste blog.

MEL DA SUA BOCA

Intro: D A Bm G

D A Bm G
Como é doce o beijo quando vem da sua boca
D A Bm G
Dá uma vontade de levar você comigo
Bm D Bm
Na verdade isso nunca aconteceu é um mundo novo que me apareceu
A/C# Bm
Ah ! Eu nem sabia que isso existia, um amor tão lindo só você e eu
G Bm
Cuida de quem, baby, te ama demais
G A
Dentro de mim, dentro de mim você, só você
D A Bm
Como é doce o beijo quando vem da sua boca
G D
Como é doce o beijo quando vem da sua boca
A Bm
Dá uma vontade de levar você comigo
G D
Dá uma vontade de levar você comigo
Bm D
Vai voltar pra casa quando eu te esperar
Bm
Vigiar meu sono, me aconchegar
A/C#
Ser minha alegria, ser minha estrela guia
Bm
Chorar comigo quando eu precisar
G Bm
Cuida de quem baby, te ama demais
G A
Dentro de mim, dentro de mim você, só você
D A Bm
Como é doce o beijo quando vem da sua boca
G D
Como é doce o beijo quando vem da sua boca
A Bm
Dá uma vontade de levar você comigo
G D
Dá uma vontade de levar você comigo



BÔNUS: VERSÃO FORRÓ:

Traumas de Infância



Eu gosto de me fantasiar de abominável homem das neves e assustar crianças em bancos de praça. É errado? Quando eu era criança fui atacado por um urso polar. Na verdade, foi pela Priscila, da TV Colosso. Não sei.

março 26, 2009

tl;dr

Grooveshark sai do ar e obriga internautas a ouvirem música no Last.fm


Audioscrobble já foi tudo nessa vida. E o Last.fm era a rede social mais cool do planeta [atrás do iminlikewithyou, óbvio. OMG]. Super moderno, design bonito, conteúdo colaborativo relevante, ótimas ferramentas de sugestão de músicas, anúncios de emprego com títulos como london is calling [é, o last fica em londres]. Eu queria trabalhar lá, era demais, mas agora já era. Não dá pra confiar em um site elitista que resolve cobrar do mundo inteiro para dar música de graça para três países (EUA, Reino Unido e Alemanha) se você não estiver em um desses três países.

A dica é a seguinte: Grooveshark. Faz tempo eu e o Vinícius desistimos daquela radinho do Last.fm. O título desse post veio de uma idéia que ele teve uma vez que os servidores do Grooveshark (super rápidos, diga-se de passagem) saíram do ar. No Grooveshark você pode ouvir a música que bem entender. É só buscar pelo artista, faixa, ou disco. Depois, você pode favoritá-las, ver músicas semelhantes, criar e salvar playlists, ou mesmo curtir um esquema rádio de recomendações.

No começo o Grooveshark, uma startup feita por estudantes da Universidade da Flórida, era um site feio que tinha como slogan "everybody gets paid" e misturava Last.fm com P2P com iTunes. Eles tinham um aplicativo, o Sharkbyte, que você instalava para uplodar sua coleção de músicas. Na rede social, você podia ouvir essas faixas em streaming, criando um banco de dados de recomendações, como no Last, ou você podia comprar as músicas. O dinheiro era divido entre o artista, o Grooveshark e o usuário que subiu aquela faixa. Viciado em Last.fm e com 60 gb de música no PC, não dei muita bola para o site quando conheci.

Mas no começo do ano passado eles lançaram um novo serviço, primeiro batizado Grooveshark Lite e que depois acabou substituindo o site antigo [que não existe mais]. O slogan agora é "Play any song in the world, for free!", e o Grooveshark se tornou esse player de streaming que é hoje. Não é preciso nem ser registrado no site para ouvir as músicas (claro que aí você não pode executar algumas funções, como salvar playlists). Todas as músicas uploudadas pelos usuários do primeiro Grooveshark estão agora disponíveis na evolução do serviço. É um passo em direção ao futuro da música, quando não vamos mais precisar ter arquivos de mp3 no computador e tudo vai estar na internet.

Além disso, o team por trás do site lançou vários outros serviços interessantes nos últimos meses [eles afirmam os objetivos do Grooveshark são: To improve the connection between people and music. To change the music industry in ways they seem so unwilling to consider. To have fun.].

O Twisten.fm, que é um player de twitter, tipo um Blip.fm, mas melhor, agregando as músicas do próprio Blip e de outros, como o Tinysong, que também é powered by Grooveshark. Neste mês eles lançaram o Groveshark Artists!, uma plataforma para músicos e bandas "promote, manage, and extend" suas músicas.

março 24, 2009

Teoria das Cores I



Procurando uma foto que combine com aquela arte que você está aprontando no Photoshop? Pede ajuda aí: você vai escolhendo as cores, e essa API vai filtrando fotos em Creative Commons no Flickr através das suas preferências. Dá pra escolher até 10 tons. Muito bonito bonito.

g-zus iz in da house



Quando vi essa imagem, passeando por uns sites russos, lembrei da resenha que Kyle "Da G-Man" Goldman, Gaming Xpert do Zounds Youth Rock Ministry, escreveu sobre Tetris em outubro do ano passado. Precisamente este trecho:
Tetris é inganhável, você pode apenas adiar sua inevitável derrota. Esse aspecto fatalista não deveria surpreender, uma vez que o jogo foi originalmente criado na União Soviética, em 1985, onde o governo Ateísta ensinava para todos que não existe nada além de uma existência desoladora e sem sentido seguida pela morte, sem possibilidade de Salvação.
De cinco possíveis, Da G-Man deu zero para Tetris.

O Zounds YRM não é o único site/blog de jogadores de videogame cristãos. Existem outros, como o Gamers4Jesus e o Hardcore Christian Gamer. A diferença é que a maior parte desses sites, além de tratarem às vezes de jogos essencialmente cristãos, também respeitam que as pessoas joguem Call of Duty 4, ou Halo Wars, talvez não aquele simulador de estupro.

Da G-Man não aceita nada. Entre os jogos "seculares e não-cristãos" que ele resenhou, apenas Metal Gear Solid 4 conseguiu arrancar uma -inha. Todos os outros receberam zero. A lista inclui games obviamente criticáveis por um fundamentalista, criticáveis até por pais ateus?, como a série Doom, Grand Theft Auto IV e "jogos de zumbi em geral". Mas G-Man vai além e arrasa Guitar Hero, Rock Band, Spore e... Tetris.

Detalhe, Da G-Man muitas vezes nem joga os jogos antes de resenhá-los. Ele confia em nós, Seculares:
Nota: eu não joguei os games mencionados aqui pois eles eram classificados como "M" [para maiores de 17 anos] e não eram permitidos no campus da Fellowship U, então estou baseando esta mini-resenha em reportagens da mídia Secular.
Sobre o Guitar Praise, o GuitarHero/RockBand com músicas gospel. ele nem precisou esperar o lançamento: "tenho certeza de que eu vou dar pelo menos ††††". Profeta.

É disso que ele gosta: jogos com temática cristã absoluta. Coisas como Catechmen (††††), "o primeiro jogo 3D em primeira pessoa que se passa na Roma pré-Constantino quando os Cristãos estavam sendo perseguidos". "É como um Doom", ele explica, "mas não transforma os jogadores em assassinos".

Pessoalmente eu gosto bastante do Jesus In Space (††††), que ensina jovens como levarem a palavra de Deus para outros mundos. São três planetas: o planeta-peixe, o planeta-robô e o planeta-homens-de-neve. Em cada mundo Jesus tem a aparência de um morador nativo. Da mesma forma que ele veio a nós como Homem, ele aparece para os robôs como um robô (humanóide, claro). Assim as crianças vão saber como salvar a alma de aliens que elas venham a encontrar em sua jornada neste mundo.

O Zounds Youth Rock Ministry, além de ter uma página de gaming, é também uma banda que usa o "rocking power of awesome music" para levar Jesus aos adolescentes e jovens-adultos que acham a igreja tradicional "muito chata ou uncool". Eles oferecerem uma Salvação Totalmente Radical para as crianças de hoje, totalmente radicais! Enfim, Salvação Nescau que inclui, óbvio, videogames.

[Zounds é uma contração em inglês antigo criada por William Shakespeare para a expressão God's wounds, que remete às chagas da crucificação de Cristo. Existiu outra banda chamada Zounds na história do rock, ironicamente um grupo inglês de anarco-punk, membro do mítico selo anarquista Crass Records]

O Zound YRM está ligado ao grupo cristão ultra-fundamentalista Objective: Ministries. A ação mais famoso dos Ministries, que pregam uma visão "cristã objetiva", foi pedir o fechamento do site da Landover Baptist Church, uma igreja ficcional e satírica criada em 1993. Eles estão pedindo isso, sem sucesso, desde 2000. Saca o argumento:
A Internet foi criada pelos Estados Unidos da América - uma nação Cristã - e não deve ser usada para espalhar propaganda de ódio anti-Cristã, secular, ou não-Cristã. Esta é a nossa Internet, e nós devemos exercitar nossa posição como seus donos e protetores da civilização para parar seu mal uso.
Nada como a razão. Sinto falta do Carmageddon. Podia fazer uma versão nova, Carmageddon - Objective: Ministries.

março 21, 2009

green hair, purple hair

Saca esse demotivator:

tl;dr

[GIF DO 55CHAN FODE]

FDS. ABS. VSF. :D

março 18, 2009

março 17, 2009

Q: Who are they talking to? A: No one. And every one.

Supernews era uma série de curtas de animação que passava de 2005 até o ano passado no Current, um canal indepentende da rede de televisão à cabo dos Estados Unidos, liderado pelo bom moço Al Gore. Nesta sexta o Supernews estréia um full show, de meia hora, no mesmo canal.

Saca esse teaser: A young man struggles against the pressure to Twitter his life away.



Tem mais aqui.

CLODOEVILOL



O Clodovil tá tenso.

Shuuuuuu.


Correr pelo quintal dá sede

Estava lembrando dos banhos de mangueira da infância, no quintal de casa. Cool times aqueles. Era como se a vida fosse um jato de água. Como se o mundo fosse um gramado e molhar os outros fosse tudo o que importasse. Hoje em dia é mais civilizado ficar no ar-condicionado, ou tomar uma ducha gelada - e solitária. Mas olha, por mais que as pessoas digam que uma frente fria está vindo, eu não acredito. Nunca mais vai esfriar. Nós estamos presos em um verão infinito sem mangueira e sem quintal.

março 16, 2009

i'm a fckng early adptr

Todo esse papo de o twitter vai virar orkut é uma bobagem muita grande. Como já foi dito antes, se você tem medo disso, provavelmente não entendeu o twitter. Mas rola outra coisa também, rola um elitismo de early adopters.

Existem early adopters em qualquer qualquer coisa. Startups, bandas, bares, baladas, roupas. Tudo que é passível de moda. Early adopters tendem a se achar melhores, a achar que aqueles new fags não sabem realmente o que é tudo aquilo. Pior, early adopters tendem a achar que as coisas eram melhores antes, sempre.

As pessoas deixam de usar roupas, deixam de ouvir músicas, deixam de usar apps de internet e redes sociais. Isso é muito estúpido. Essa vontade de fazer parte de algo restrito, com se alguma coisa deixasse de ser boa só porque um monte de gente usa.

Concordo que para estrangeiros o orkut foi destruído por brasileiros, mas não acho que o orkut tenha sido destruido em si pela popularização. Duvido que o mesmo aconteça com o twitter.

O que acontece é que você não pode defender a internet, a web 2.0, e ser elitista e restritivo ao uso dos sites, e ficar discriminando alguém só porque a pessoa não sabia o que era o twitter até ver a capa da época.

A piada do new fag é muito comum no 4chan, mas o /b/ é anônimo, ninguém sabe quem é realmente novo no fórum. Em uma rede social, isso seria desastroso.

Mas o Brasil tem dessas coisas. Os caras do VT estavam bravos esses dias porque o "tenso" pertenceria a eles. Essas coisas não pertencem a ninguém, assim como o twitter não te pertence.

março 13, 2009

Make it (harder, better, faster, stronger) yourself

Depois de Kanye West e mais meio mundo (not to mention o Dwarfed Punk), você também pode facilmente brincar com um dos maiores classicos da música eletrônica.

Ableton?
Melodyne Direct Note Access?
Fruit Looops Studio 7.0?

Não, site interativo. Nesse link aqui tem um Daft Punk's Console























:D

março 12, 2009

Tenso?


o youtube sem google-images-made slideshows

Falei ali embaixo que a Lili Ellis usava o YouTube para ouvir música e que ela era super moderna (não só por ouvir música no YouTube, mas também). Conheço várias pessoas que usam o site de vídeos para isso, inclusive eu mesmo. Então por que não eliminar as imagens e ficar só com o som? É isso que o Muziic faz. O programa acessa a coleção de vídeos do YouTube e te traz apenas as músicas. Sensacional. Um dos criadores do streaming modernoso acha que ele é o melhor uso jamais feito da API do YouTube. David Nelson, que tem apenas 15 anos, diz que entrou em contato com o Google e que ainda não obteve resposta. "Nós gostaríamos de ter uma comunicação aberta com o Google, o YouTube e as gravadoras".


Oi. Quer TC?

Um porta voz da empresa já falou que o serviço viola os termos de uso da API do YouTube, o que inclui sempre usar os vídeos (eles estão lá, minúsculos). O Muziic ainda permite que você upload MP3s com imagens das capas do disco para o YouTube. Nelson, na boa, tem alguém escrevendo um processo judicial contra você nesse exato momento.

março 11, 2009

Brasil, um país sincero?

Bom ver sinceridade dentro do governo federal (com erro de digitação e tudo):

Brasil, país do futuro (ironia mode on ok?)

Gustavo Miller escreveu uma matéria chamada Meu primeiro e-mail para o Estadinho, o suplemento para crianças e pré-adolescentes do Estado de São Paulo. O texto é sobre meninos e meninas na faixa dos 8 aos 11 anos que querem ter seu primeiro email “para conversar com os nossos amigos”. O email seria um sinal de que as crianças ficaram "grandinhas". Agora, munidos de um correio eletrônico, eles podem bater altos papos pelo MSN e entrar em sites de relacionamento.

Oh, great.
Tudo o que nosso país precisava. Uma geração inteira sendo apresentada a serviços de email através do Hotmail. Era melhor que usassem o mirc. Já não basta o atraso de nossos adultos?

Lembrei de um post que Warren Ellis escreveu em seu blog, sobre a filha de 13 anos. Para ela, ter contas em redes sociais é "triste". Lilith esqueceu a senha do email e fala com as amigas através de sites de jogos e de moda (o Ellis não cita nenhum, mas telvez ela use o iminlinkwithyou. Será que já joguei tracism ou blockes contra ela?). Lili Ellis usa o YouTube para ouvir música.

Tudo bem que o garoto mais velho na matéria do Estadão tinha 11 anos, e não 13, mas eles não estão exatamente no caminho certo: Lili é que é super moderna - membro de uma geração totalmente imersa na tecnologia - e enquanto isso as nossas crianças gostam de emoticons do Windows Messenger.

março 06, 2009

Moça do Corpo Dourado do Sol de Copacabana

A pergunta que não quer calar: quem é melhor, copacabana club ou copacabana beat?





Copacabana Beat é um grupo do Rio de Janeiro que foi primeiro um trio vocal e depois uma full band, com teclados, baixo e bateria. Surgiu no glorioso cenário musical brasileiro na década de 90, pelas mãos do produtor Michael Sullivan, que no passado fez parte do supremo grupo pop de covers em português, The Fevers. Copacabana Beat fez parte da elite do Funk Melody, a poesia do funk, ao lado de nomes como Latino e MC Marcinho. Tudo isso com a benção de Dj Malboro e da galerinha in do Funk Carioca. O maior sucesso da banda foi Mel da Sua Boca:



Copacabana Club é uma quinteto de indie rock que surgiu em Curitiba no ano passado. Pérola perdida do pop brasileiro da era primeiro álbum do Cansei de Ser Sexy, a banda é formada por algumas figuras conhecidas da noite curitibana, notoriamente Luciano Frank, o Luli, um dos donos do bar James, que teve anos antes a banda ESS com Tille Douglas e Alec Ventura, os outros homens do grupo. A baterista Claudinha Bukowski é DJ e está sempre discotecando no circuito James - Wonka. Não sei nada sobre a vocalista, Camila, mas imagino que ela tenha a benção da galerinha in do Indie Curitibano. O maior sucesso da banda foi Just do It:



Agora, VOTE!

Zoom Out





março 04, 2009

The End Has No End ou A Importância Do Tim Festival Na Minha Pós-Adolescência



Parece que o Tim Festival vai acabar and this make me sad. É verdade que eu nem gostei muito da última edição. Ia só ver Klaxons, pela lembrança de janeiro/fevereiro de 2007, e Neon Neon, pelo fetiche de 2k8. Acabei vendo MGMT e The National por causa de um ingressos super barato que um cambista me vendeu. E foi isso. Sozinho, sem dinheiro para beber, o pior Tim Festival ever. E mesmo assim já estava esperando o próximo, as always. Por que o Tim Festival era o Natal. Depois do Timfa, o ano podia acabar.

A primeira vez que eu fui no Tim Festival foi em 2005, para ver Strokes, obviamente. Tinha 18 anos. Fui com o Vinícius (viniciusdc), que tinha 19, e era/é meu companheiro de shows desde os shows de hardcore na 92º e do histórico show do Misfits em que choveu na pista. Entramos no ônibus meia-noite, em Curitiba. No dia seguinte antes dos shows começarem tínhamos que justificar nosso voto no referendo do desarmamento. Mundo Livre S/A, a primeira apresentação da noite, devia começar às 19, mas antes disso fomos passear no Shopping Center Norte e seus 300 mil metros quadrados. Depois de almoçar, beber uma garrafa de Malibu quente, tomar chuva e fazer alguns amigos, às 15 horas já estávamos dentro do Anhembi. Como o dinheiro era pouco, resolvemos beber algum destilado, antes de descobrir que apenas a área vip podia consumi-los: para nós apenas cerveja e refrigerante.

Me perdi do Vinicius já no show da M.I.A. Foi um bom show, com a Deisi Tigrona arregaçando. O King of Leons foi razoável (gostaria de vê-los agora), e o Arcade Fire foi a surpresa da noite. A banda que mais ouvi em 2006 foi Arcade Fire, por culpa daquele show infernal. O Strokes foi OK, eram os Strokes afinal, mas o Julian já estava um pouco gripa e eu estava super cansado da viagem, de estar em São Paulo desde às 8 da manhã, de não ter dinheiro suficiente e da idéia de pegar um ônibus para voltar para casa AGORA. Reptilla no bis foi covardia.

Em 2006 até queríamos ver Daft Punk, mas desencanamos de viagens e fomos para o Tim em Curitiba. Eu, o Vinícius e a minha irmã, Marília. Perdemos Nação Zumbi de propósito, fizemos a tradicional Furada de Fila da Pedreira e fomos curtir o resto da noite. Os amigos do Timfa de 2k5 estavam lá (um deles era de Curitiba, os outros de uma cidade em Santa Catarina chamada São Bento do Sul). Foram todos shows muitos legais, Patti Smith, Beastie Boys e Yeah Yeah Yeahs. Lembro que na época não gostei muito de Dj Shadown. Hoje talvez gostasse mais. Fomos embora de ônibus, mas isso não levou meia hora.

Então veio 2007. Todo o mundo em Curitiba. Não encontrei os amigos dos anos anteriores (só um, o de Curitiba, mas falei pouco com ele), só que várias outras pessoas se juntaram a nós. Parecia uma caravana infinita de conhecidos. Hoje, tenho saudade até da bad trip que eu e a Paula (verbis) e o Vinícius tivemos no show da Björk e do meu desejo de morrer estirado na grama da pedreira. Tudo foi muito intenso: a bad, o retorno, a euforia, Artic Monkeys, Killers, eu achando que todo mundo fosse morrer ao mesmo tempo enquanto tocava Somebody Told Me. Gritando "eu pago mais" atrás de táxis depois do festival, after no James, after do after no Mercadorama 24 horas, hambúrguer com conhaque: não existe hype às cinco da manhã; só existem bêbados - foi como resumi o final daquela noite. O melhor Timfa, de longe.

E aí veio 2008 e eu estava quase sozinho em São Paulo, e não tinha Vinícius, nem Bad Trip, nem amigos aleatórios e mesmo assim era o Tim Festival - aquele festival que foi o grande evento musical da minha pós-adolescência, substituindo os festivais de punk. And now is over?

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