abril 09, 2009

the coolest kids since the cool kids and more


it's always sunny in philadelphia, rght gayz?

Confesso que não tenho base histórica para escrever sobre hip-hop: não estudei o estilo como estudei o rock. É o mesmo com a música eletrônica. Não que conheça muito pouco desses gêneros, mas o problema é que o que sei é fragmentário e meu interesse por eles é recente. Rock eu escuto desde sempre.

E eu não gosto tanto de música eletrônica nem de hip-hop, digamos, clássicos. Não comecei a gostar de música eletrônica e de hip-hop assim de uma hora para outra porque nunca tinha prestado atenção. Foram os próprios gêneros que abriram novos caminhos de evolução, aumentando o alcance da música.

Faz tempo que defendo que a nova música eletrônica é mais um novo rock do que uma nova eletrônica. E essa apropriação do rock pela eletrônica (ou vice-versa) foi que me levou além. Não simplesmente um rock com sintetizadores, ou uma eletrônica com verso e refrão, mas uma nova música, um híbrido feito de internet.

No meio disso o hip-hop. Eu gostava de algumas coisas de rap, claro, como Beastie Boys, ou Notorious B.I.G., mas faz bem pouco tempo que comecei a ouvir hip-hop e me identificar com isso. Não sei precisar exatamente quando. Tinha Streets, mas era um lance muito mais BRITY. Acho que começou com Spank Rock (isso foi em... 2006?) - que também me fez gostar dos raps do Neon Neon, já em 2008.

Eu não gosto de Kanye West em um todo, mas Stronger teve um papel fundamental nisso tudo. Harder Better Faster Stronger, as referências pop, o Akira, o show ao vivo com o Daft Punk no Grammy (não fui, só vi no youtube) serviram para me mostrar o quão moderno o hip-hop podia ser.

Passeando por essa "nova música" acabei caindo no duo Cool Kids, obviamente. Era quase a identificação master, but not yet. Essa semana ouvi Chiddy Bang. São um moleques da Filadélfia, que fazem rap em cima de samplers bem reconhecíveis, que funcionam quase como remixes das faixas, mas vão além.

Agora rolou. Os samplers, a construção das músicas, as rimas e as letras, tudo remete ao mundo referencial em que vivo. Seja cantando em cima de MGMT, ou fazendo um dueto de mashup com o Thom York. É a música do nosso tempo. Está tudo lá, não importa mais que gênero é.

Um comentário:

  1. esses caras são fodas mesmo. acho moderno pra caralho os samplers, citar radiohead, mgmt.

    acho que o hip hop tem que deixar de querer ser de gueto, mas não da forma que os 50 cent e posers mainstream fazem. tem que ser divertido e buscar coisa nova pra samplear, buscar sempre novos rumos, como o beastie boys.

    ResponderExcluir

Compartilhe!