março 04, 2009

The End Has No End ou A Importância Do Tim Festival Na Minha Pós-Adolescência



Parece que o Tim Festival vai acabar and this make me sad. É verdade que eu nem gostei muito da última edição. Ia só ver Klaxons, pela lembrança de janeiro/fevereiro de 2007, e Neon Neon, pelo fetiche de 2k8. Acabei vendo MGMT e The National por causa de um ingressos super barato que um cambista me vendeu. E foi isso. Sozinho, sem dinheiro para beber, o pior Tim Festival ever. E mesmo assim já estava esperando o próximo, as always. Por que o Tim Festival era o Natal. Depois do Timfa, o ano podia acabar.

A primeira vez que eu fui no Tim Festival foi em 2005, para ver Strokes, obviamente. Tinha 18 anos. Fui com o Vinícius (viniciusdc), que tinha 19, e era/é meu companheiro de shows desde os shows de hardcore na 92º e do histórico show do Misfits em que choveu na pista. Entramos no ônibus meia-noite, em Curitiba. No dia seguinte antes dos shows começarem tínhamos que justificar nosso voto no referendo do desarmamento. Mundo Livre S/A, a primeira apresentação da noite, devia começar às 19, mas antes disso fomos passear no Shopping Center Norte e seus 300 mil metros quadrados. Depois de almoçar, beber uma garrafa de Malibu quente, tomar chuva e fazer alguns amigos, às 15 horas já estávamos dentro do Anhembi. Como o dinheiro era pouco, resolvemos beber algum destilado, antes de descobrir que apenas a área vip podia consumi-los: para nós apenas cerveja e refrigerante.

Me perdi do Vinicius já no show da M.I.A. Foi um bom show, com a Deisi Tigrona arregaçando. O King of Leons foi razoável (gostaria de vê-los agora), e o Arcade Fire foi a surpresa da noite. A banda que mais ouvi em 2006 foi Arcade Fire, por culpa daquele show infernal. O Strokes foi OK, eram os Strokes afinal, mas o Julian já estava um pouco gripa e eu estava super cansado da viagem, de estar em São Paulo desde às 8 da manhã, de não ter dinheiro suficiente e da idéia de pegar um ônibus para voltar para casa AGORA. Reptilla no bis foi covardia.

Em 2006 até queríamos ver Daft Punk, mas desencanamos de viagens e fomos para o Tim em Curitiba. Eu, o Vinícius e a minha irmã, Marília. Perdemos Nação Zumbi de propósito, fizemos a tradicional Furada de Fila da Pedreira e fomos curtir o resto da noite. Os amigos do Timfa de 2k5 estavam lá (um deles era de Curitiba, os outros de uma cidade em Santa Catarina chamada São Bento do Sul). Foram todos shows muitos legais, Patti Smith, Beastie Boys e Yeah Yeah Yeahs. Lembro que na época não gostei muito de Dj Shadown. Hoje talvez gostasse mais. Fomos embora de ônibus, mas isso não levou meia hora.

Então veio 2007. Todo o mundo em Curitiba. Não encontrei os amigos dos anos anteriores (só um, o de Curitiba, mas falei pouco com ele), só que várias outras pessoas se juntaram a nós. Parecia uma caravana infinita de conhecidos. Hoje, tenho saudade até da bad trip que eu e a Paula (verbis) e o Vinícius tivemos no show da Björk e do meu desejo de morrer estirado na grama da pedreira. Tudo foi muito intenso: a bad, o retorno, a euforia, Artic Monkeys, Killers, eu achando que todo mundo fosse morrer ao mesmo tempo enquanto tocava Somebody Told Me. Gritando "eu pago mais" atrás de táxis depois do festival, after no James, after do after no Mercadorama 24 horas, hambúrguer com conhaque: não existe hype às cinco da manhã; só existem bêbados - foi como resumi o final daquela noite. O melhor Timfa, de longe.

E aí veio 2008 e eu estava quase sozinho em São Paulo, e não tinha Vinícius, nem Bad Trip, nem amigos aleatórios e mesmo assim era o Tim Festival - aquele festival que foi o grande evento musical da minha pós-adolescência, substituindo os festivais de punk. And now is over?

Um comentário:

  1. OMG cara, você é demais, da saudade, realmente, tanto tempo ein meu?
    mas assim, valeu, e se pá, sempre rola um hamburguer com conhaque (pode crer). Fora isso, ultimamente bebados existem em quase todas as horas, é foda, mas é real (risadas malignas para você).

    ResponderExcluir

Compartilhe!