janeiro 29, 2009

WTF is wrong with Dischord Records?


Ok, hoje eu entrei no site da DISCHORD (a gravadora mais legal do mundo) pra escutar alguma coisa de alguma banda nova, que eu sei que daquele selo nunca me veio uma decepção musical. Mas sério, que triste, descobri que agora não tem mais streamings daquelas bandas cools que preferem não ganhar dinheiro. Não da pra entender, sabendo da filosofia toda, da história das pessoas que construíram a dischord... Ver que derrepente o site se transformou numa super loja muito bem organizada. Eu ainda uns dois anos atrás andava comprando material dos caras, meu, tudo costumava vir embalado junto com umas lembrancinhas que eles mandavam, até com autografos as vezes, cansei de ganhar paths... E agora isso.
Um tempo atras eu tinha lido uma entrevista super antiga do Ian MacKaye, que falava da relação dele com a musica, que ele achava que a musica era um bem universal e que o que deveria ser pago era o trabalho tido para realizar o album, o material físico e o tempo dos artistas, mas que a musica era free acima de tudo. Parece que agora ele virou dono de uma major.
Tudo bem, não é dificil de entender que fazer algo como o que o Radiohead ou o Girl Talk fez (disponibilizar seus discos para as pessoas pagarem quanto quiserem ou até nada) pode ser meio radical para uma banda como o Medications, o apelo é realmente muito menor, mas isso é ainda assim contraditório. Enquanto todo mundo esta deixando o seu material cada vez mais acessível, portais como o grooveshark e o hypem viram ícones da musica na internet, tirar as musicas do site e deixar um streaming rídiculo de 15s é um baita tiro no pé.

Para quem quiser curtir duas musicas do medications: http://www.myspace.com/medications

janeiro 28, 2009

I Don't Care What You Think

Reza a lenda da wikipédia em português que o nome Fall Out Boy foi adotado pela banda americana (por sugestão de uma pessoa que estava em seu segundo show) sem que os integrantes soubessem que esse era também o nome de um personagem dos Simpsons. Depois, teriam ficado com medo de uma ação legal, que nunca aconteceu. Agora eles gravaram o tema da série:



O nome não é a única coisa que a banda anda apropriando por aí. No single "I don't care", do último disco, o refrão "I don't care what you think as long as it's about me" se parece um pouco demais com "I don't care what you think unless it is about me", do Nirvana. E os acordes emprestados de "Baba O'Reilly" do Who?

Stephen Thomas Erlewine escreveu:

If only it were done with a modicum of care, it might seem like a crazy postmodern hall of mirrors, but Fall Out Boy are too artless to be postmodern. They're hyper modern (...)


O baixista Pete Wentz também é o pai da filha da Ashlee Simpson. Não que isso tenha ligação com coisa nenhuma.

janeiro 26, 2009

Medicine for Melancholy

Dois jovens nos seus vinte e poucos anos, negros, norte-americanos, andando de bicicleta pelas ruas de São Francisco enquanto curtem um momento one-night stand. Um filme que trata de minorias, de relacionamentos, de um mundo moderno e atual. Primeiro filme de Barry Jenkins. Uma montanha de importantes indicações. Em fevereiro no torret mais próximo de você.

Little Joy

Isso é um nome ou uma piada pronta?
Descobriremos em breve.

janeiro 25, 2009

O Filho do Rambo

Desde que, muito novo ainda, eu assisti o filme Guerra dos Botões do dir. John Roberts, cultivo esse vício de filmes que contam histórias sobre crianças. Aí basta eu ler ou ouvir falar ou qualquer coisa assim para correr e assistir quando existe um filme novo desse tipo por aí.
Ontem pesquisando um pouco na internet descobri que no final do ano passado, o dir. Garth Jennings lançou um filme chamado Son of Rambow. Como se o nome inusitado já não me chamasse a atenção o suficiente, lendo o release eu logo vi que se tratava de mais um desses filmes sobre crianças que, por força do destino, acabam por logo cedo terem que enfrentar dificuldades da vida como adultos. Com o aval de ser um filme do Garth Jennings, famoso videomaker, fez clipes como Imitation of Life do R.E.M., Lost Cause do Beck, Coffee and TV do Blur, Right Here, Right Now do Fatboy Slim, Boy from School do Hot Chip (meu favorito) e tantos outros que você logo descobre dando uma busca no youtube, eu baixei logo do Filho do Rambo e assisti.
E o filme realmente faz jus a fama de Jennings, uma história britânica, situada nos anos 80, e, diga-se de passagem, também com uma dir, de arte muito parecida com Guerra dos Botões, tem um enredo lindo e muito bem escrito, vale muito a pena ser visto.
Muito diferente do primeiro filme de Jennings,
O Guia do Mochileiro das Galaxias, Son fo Rambow não tem apelo comercial e difilcimente sera lançado por aqui, tendo em vista que muitos filmes com muito mais apleo já não saem, vide Death Proof do Tarantino. Então se você se interessou, entra no pirate bay que em duas horinhas você logo assiste o filme.

janeiro 23, 2009

Chow Martin: construção e desconstrução



Quem quiser ver mais: http://www.chowmartin.com/

janeiro 22, 2009

part of the batuque never dies

Eu não gosto mais de tipos de teatro. Eu não gosto mais de violão. Eu não gosto mais de bandas que fazem música com uma poética pomposa do português. (Acho que nem gosto mais de português depois que aboliram o acento diferencial em pára, a palavra mais bonita que essa língua já teve). Eu não gosto de teatro mágico. Eu não gosto de batuque. Não sabia que os nerds gostavam disso tudo. Acho que eu não peguei o espírito músical dessa #cparty.

Mas eu e o bevi fizemos um mini live na tenda de música.

Ontem ia ter database. Hoje ia ter killer on the dance floor. Mas o que a galera quer mesmo é teatro mágico. Na falta, ficam com um quase maracatu.

janeiro 21, 2009

Reclamando blog

BlogBlogs.Com.Br

Algo como 99

Alguns anos atrás eu acabei por acidente num show do então desconhecido CSS. O que eu sabia sobre eles era apenas que esse tal de Adriano Cintra era o cara que tocava com o Marco do Thee Butchers Orchestra, banda que eu escutei muito nessa minha adolescência cheia de fases. E aí foi tudo um grande porre, eu mal me lembro... A casa, a banda de abertura, a galera, sério, eu dormi na balada mas tenho lembranças de ver minha minha ex-namorada dançando em cima de uma mesa numa catarse apoteótica como poucas vezes vi antes. Era quase como o mundo bizarro, meus brothers que costumavam encher a cara tavam todos com cara de bunda enquanto a minha ex-namorada, normalmente tão calma, liberava de dentro de si todos os demônios que estavam encrostados naquela carapulsa, haha, foi estranho.
No final, eu me senti na obrigação, fui até o Adriano pra dizer na cara dele "como você pode deixar para trás o Thee butchers Orchestra pra vir aqui tocar essa porcaria?", eu estava num momento de profunda ira, o rock tava morrendo cara, 5 minas que mal sabiam o que era uma nota musical estavam acabando com os Butchers, fazer o que... Entre diálogos embriagados, o que ficou na minha mente foi o Adriano falando " O futuro a Deus pertence", e não deu outra, algum tempo depois os caras tavam mais que estourados.
O legal de tudo isso é que agora em fevereiro, com a banda hype do Adriano de folga, o Buthers volta para fazer alguns shows especiais. Imperdível. Pra mim, os caras vão ser sempre mais fodas que o CSS.

janeiro 20, 2009

#cparty - remanecências da era paleozóica

#cparty - credenciamento fail

Tenho a impressão de que a Campus Party resolveu compensar a velocidade da esperada internet de 10 giga com a tentativa de atrasar a vida de todos no dia de credenciamento. São 6k campuseiros, 500 filas, pouquíssimos membros da organização e ainda menos membros que realmente organizam alguma coisa.
Carregamos 2 malas, 2 mochilas, um PC e um lap. A direção do final da fila de entrada estava sinalizada. Depois de deixar acumular bastante gente no sentido supostamente correto, a organização do evento pediu para mudar de lugar. Fomos para o novo final da nova fila, arrumamos tudo no chão e logo depois tivemos que recolher tudo e mudar a fila de lugar outra vez. Ficamos mais pro final em cada vez .

Downhill















foto by fore

Mas superado o primeiro obstáculo, é mais tranquilo. Foi só entrar em outra fila de algum dos guichês para retirar o crachá, descobrir que - apesar de vc estar devidamente inscrito e confirmado - o seu crachá não está pronto, pegar uma pulseira para entrar no evento sem o crachá, convencer seguranças desinformados que é permitido entrar apenas com a pulseira, cadastrar o equipamento, pegar uma barraca, descobrir que o lugar da arena onde vc se sentou ainda não tem internet, descobrir que a exposição está fechada e que vc não tem mais nada para fazer a não ser entrar na fila para fazer o seu crachá, tentar descobrir - apesar do desconhecimento geral - em qual das duas filas gigantes e bagunçadas vc terá entrar para resolver o seu problema, esperar na fila por mais de 90 min e... PRONTO! :D eles prontamente imprimiram o credencial de quem eles ainda não tinham imprimido!
Só tenho pena daqueles que esperaram horas na fila errada, dos que não tinham o ícone da alimentação no crachá e tiveram que pegar outra fila para retirar os vales com RG, dos que não tinham o ícone do acampamento no crachá e ficaram tendo que caminhar com todos os pertences até que alguém da org tenha resolvido o problema deles.

Melhores momentos

1 - Na fila onde eu passei a maior parte do meu credenciamento, várias pessoas furavam a frente - só para perguntar para os membros mais eficientes da org a respeito de outros problemas que tiveram. Enquanto isso, os guichês para retirada dos credenciais já impressos estavam vazios e as pessoas que trabalhavam lá estavam desocupadas. Elas demonstraram alguma dificuldade, tanto para responder dúvidas emergentes, quanto para ter a iniciativa de perguntar a resposta para outros membros da org.
- Com licença, em qual dessas filas devo entrar para imprimir o crachá?
- (1a) Ah, uma era mais para a finalidade x, outra mais para a finalidade y, mas acho que elas acabaram se misturanto...
- (2a) Pois é... elas acabarm se misturando...
- (3a) Verdade! elas se misturaram!
Nenhuma se prontificou a arrumar as filas ou encontrar algum colega que pudesse fazer isso.

2 - Largamos os nossos equipamentos na arena e queriamos conferir com alguém do evento se era mesmo tranquilo deixar tudo la. Não tinha ninguém da org por perto, então perguntamos para um segurança, que buscou um segurança hierarquicamente superior, que me respondeu que ninguém deveria deixar de supervisionar nada - nem mesmo um PC -, que tinha que ficar carregando para onde fosse.
Numa outra consulta, dessa vez com o membros informados da org, foi garantido que iriam confirir todas as malas e bolsas que saiam do evento, e que eu poderia passar dias sem ver o meu computador que ele ainda estaria seguro na arena.
Uma das maiores dúvidas na minha vida é pq ninguém nunca informa os seguranças do funcionamento dos eventos de que eles terão que fazer a segurança?

3 - Depois de retirar o crachá, os campuseiros podem pegar uma mochila da telefônica de brinde que contém a) vários encartes informativos dos patrocinadores, b) nenhum mapa do evento ou agenda impressa com a programação, c) um pen de 128 mega. Acho que a idéia é msmo que todos sempre façam tudo pela internet.

















4 (WINNER) - A internet de 10 giga seria liberada até as 00:00 do dia 20, podendo ser liberada antes. La pelas 9 da noite, percebemos que a única mesa que não tinha internet era a nossa. Procuramos vários membros da org afim de saber se era um problema no cabo e todos responderam que a telefônica só conseguiria conectar a internet em todoas as mesas a meia-noite. Uma hora depois, desconfiados que não era possível prover internet a quase 4mil pontos e demorar uma hora para conectar na nossa mesa, procuramos pessoas da parte técnica da org e recebemos a mesma resposta de sempre. 00:05 pudemos buscar alguém da org para resolver o problema no cabo da mesa onde queríamos sentar.

#cparty question




e era né.

janeiro 18, 2009

Nee-ma Nu-ri-zaa-da

Dentre as coisas boas que o ano de 2008 revelou para mim esta um piá chamado Nima Nourizadeh.
Conheci quando vi pela primeira vez o clipe de L.E.S. Artistes da Santogold. O que me chamou atenção não foi exatamente o clipe que já era ótimo, foi, na verdade, as semelhanças com outro excelente clipe, o vídeo Ready for the Floor do Hot Chip. Daí não foi dificil descobrir que eram duas obras desse jovem inglês chamado Nima. O portfolio desse cara mais parece um recorte de tendências musicais, não sei se é ele que tem esse olhar clínico ou se são os artistas que reconhecem nele uma chance de filmar um ótimo material, fato é que, pela mãos deles surgiram os primeiros clipes de gente como Lilly Allen, Hot Chip, Maximo Park, Yelle, Santogold, Jamie T e Art Brut, achou pouco?
Além de tudo isso, ele tem uma pegada autoral muito forte, seu trabalho é como um quebra-cabça que monta e se desmonta dando origem a diversas formas coloridas e muito modernas. Quem assistiu o vídeo Good Weekend do Art Brut vai achar lá as mesmas color bars do vídeo Ready for th Floor do Hot Chip, que assim vai ver muita gente suja de tinta na cara como no vídeo de L.E.S. Artistes da Santogold ou no My Patch do Jim Noir, da mesma forma como existem semelhanças também com o vídeo Salvation 2 do Jamie T. Parece que pra ele tudo é um estudo, tudo pode ser melhorado, Rat is Dead do CSS até parece mesmo uma continuação do Our Velocity do Maximo Park.
E esse ano com certeza foi o ano dele, ganhou o prêmio de melhor diretor no UK MVA´s e foi shortlist no EMA´s. Agora ele esta filmando para nova campanha da Adidas que logo estara na rua.

Pra quem se interessou: http://www.nimanourizadeh.com



janeiro 08, 2009

2k9's 20 trends

Demorou mas está aqui o 1 post do ano! Como ainda restam 357 dias de 2009, aqui vai um vídeo sobre as tendências desse ano. É legal que dá pra situar bem o contexto de crise mundial e manias verdes/eco-chatas em que vivemos.



As perspectivas de shockvertising mais pesado me parecem especialmente legais.
:) Felizanonovo, bjomeliga

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